domingo, 23 de novembro de 2008

PENSE 20 VEZES ANTES DE BATER

Texto retirado da Pediatria Radical, no orkut, postado por minha amiga Jen.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Justo hoje, tenho prova... Porque não é feriado aqui também???


Bom, vou escrever mesmo em outro dia. Mas não posso deixar passar em branco, né?

sábado, 25 de outubro de 2008

BLOGAGEM Coletiva - Lei seca contra palmada

Como estamos criando nossos meninos?

Como estamos criando nossos meninos?

Eles terão respeito pelas mulheres???


Estive pensando nesses casos noticiados nos últimos dias. Aqui na minha região, um rapaz tentou matar a namorada (ou ex). Esse caso de Santo André foi acompanhado de perto pela mídia. Um rapaz matou a moça de 15 anos com quem estava ficando há duas semanas, cuja família sequer o conhecia; roubou um carro pra se livrar do "corpo".

Um homem mantém sua mulher grávida em cárcere privado, agredindo-a talvez há dias, até que algum vizinho ao ouvir gritos da mulher resolveu denunciar.


Qual a única semelhança entre esses casos? Homens que não conseguem aceitar um não? Ou são homens que não respeitam as mulheres? Que vêem as mulheres como objetos, que devem respeito e 'obediência' a eles? Que não podem ter opinião própria, que devem viver à sua sombra... E acima de tudo, que não podem se afastar deles sem sua autorização...


E nós? Como estamos criando nossos filhos? Estamos criando para que respeitem todas as pessoas, INCLUSIVE as mulheres? Ou será que ensinamos que sua HONRA deve ser lavada com sangue? (como esses casos demonstram)

Não tenho filhos homens. Tenho duas meninas. Me preocupo com o futuro delas.

domingo, 2 de março de 2008

Carta para mamãe

Querida mamãe,

Esta noite acordei estranhando o silêncio. Não havia barulho algum e pensei que o mundo tinha até acabado e você esquecido de mim. Coloquei a boca no trombone e você veio. Ainda bem!

Fiquei tão feliz no calor do seu peito que acabei pegando no sono antes de mamar tudo o que precisava. Quando percebi que você ia me colocar no berço, chorei de novo, mas não tente negar: você estava com pressa para ir dormir outra vez

Você me deu de mamar novamente, assim, meio apressadinha e depois resolveutrocar a minha fralda. Estava tudo tão calmo, um silêncio, nós dois juntinhos.

Estava legal e eu perdi o sono. Você até que foi compreensiva, mas começou a bocejar e resolveu me fazer dormir. Eu não queria dormir. Talvez eu precisasse de mais dez minutos, meia hora.

Mas você estava mesmo decidida a dormir. Foi ficando bem nervosa e até chamou o papai. Eu não queria o papai e todos fomos ficando muito irritados. No final das contas acordei a casa inteira cinco vezes. De manhã nossa família estava com cara de quem saiu do baile. Acho que estraguei tudo.Imagina, você chegou a dizer para o papai que eu estou com problema de sono. Eu não! Você é que vem me dar de mamar com pressa e daí eu sinto que você não quer mais ficar comigo.

Os adultos tem hora certa para tudo mas eu ainda não entendi essas de relógio e tarefas estafantes que as pessoas grandes precisam fazer. Quando meu corpo está com o seu, quero ficar do seu lado sem me separar nunquinha. Do alto dos meustrês meses ainda não descobri direito que você é uma pessoa e eu sou outra.

Um dia, eu vou sair por aí, vou saber telefonar e posso lhe deixar doida para saber o que ando fazendo e então você vai entender como me sinto agora. Mas não precisamos dessa guerra mamãe. Até lá já poderemos nos entender inclusiveatravés das palavras. Sinto a angústia da separação, pois terminei de viver uma das grandes. Você também, mas vive tudo isso como adulta consciente. Eu ainda vivo no inconsciente.

Por enquanto nossa comunicação direta fica restrita aos nossos sentimentos inconscientes. Eu não sei nada, tudo é novo para mim. Você pode até achar quenão sabe nada e que tudo é novo para você, mas eu vou aprender o que você meensinar através da sua sensibilidade, dos seus sentimentos em relação a mim.

Sabe, mamãe, se você quer um conselho, vou dar: quando eu chorar à noite, não salta logo para meu berço desesperada, como se o mundo fosse acabar. Espere um pouquinho, respire profundamente, ouça o meu choro até que ele atinja o seucoração. Sinta seu tempo, realmente acorde e venha me pegar. Me abrace devagar,não acenda a luz, fale bem baixinho e me dê o seu peito para eu mamar. Depois que eu arrotar, mais um pouco só de paciência, pois nós, bebês, somos muito sensíveis aos sentimentos dos adultos, especialmente os da mamãe. Se eu sentir que você está com pressa, sou capaz de armar o maior barraco, mas se vocêesperar até o meu segundo suspiro, quando meus olhos ficarem bem fechados, minhas mãos e pernas bem molenguinhas, aí sim pode me colocar de volta no berço que eu não acordo antes de sentir fome outra vez.

Conforme você for desenvolvendo sua paciência mamãe, eu estarei desenvolvendominha tranqüilidade e nós não teremos mais noites infernais; apenas noites de mamãe/bebê, que um dia passam, como tudo na vida.

Sempre seu,
Gu-gu dá-dá!

Acordando de madrugada
Texto de Cláudia Rodrigues, jornalista e educadora somática